O modelo de atenção à saúde materno infantil implantado pela Secretaria de Saúde do Estado do Paraná foi compartilhado na sede do Ministério Público do Estado da Bahia hoje, dia 15, durante a reunião ampliada do Observatório de Maternidades. A apresentação marcou o primeiro encontro presencial realizado pelo Observatório desde o início da pandemia da Covid-19. O evento foi aberto pelos promotores de Justiça Rogério Queiroz e Juliana Rocha, gerente do Projeto Cegonha, com a participação de Carolina Poliquesi e Paula Rocha, representando a Divisão de Atenção à Saúde da Mulher (DVASM) da Secretaria de Saúde do Paraná.
Já na abertura, o promotor de Justiça Rogério Queiroz reforçou a importância da atenção à saúde e apresentou um levantamento da Global Burden of Disease sobre a carga de doenças (Daly) no mundo entre os anos 1990 e 2019. Ele destacou que as afecções maternas e neonatais estavam no sétimo lugar em 2017 na Bahia, mas, em 2019, chegaram ao quarto lugar. Um dado que requer atenção, segundo Rogério Queiroz. A promotora de Justiça Juliana Rocha complementou destacando a importância do compartilhamento de experiências entre os atores envolvidos na atenção à saúde materno-infantil para o alcance de resultados mais efetivos e eficientes.
Enfermeira e chefe da Divisa do Paraná, Carolina Poliquesi abordou o modelo de atenção adotado no Estado que possui 399 municípios e 22 regionais de saúde. Ela fez explanação sobre a Rede de Atenção à Saúde (RAS), Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) e Linha de Cuidado Materno Infantil do Paraná e apresentou dados e razões da mortalidade materna, informando que, no pico da pandemia da Covid-19, o estado chegou a notificar quatro casos de mortes maternas por Covid em um dia. Segundo Carolina Poliquesi, a situação começou a ser superada com a vacinação e o último óbito foi registrado em outubro de 2021.
Ainda durante a apresentação, a enfermeira registrou que o modelo adotado no Paraná prevê o acolhimento precoce das gestantes no pré-natal, estratificação de risco e vinculação da gestante conforme essa estratificação, linha guia/carteira da gestante e da criança, caderno de atenção nos seus diversos níveis: atenção primária, ambulatorial especializada e hospitalar. Para ela, “a força do processo está aí nesse modelo”. Carolina Poliquesi também detalhou o fluxo de atendimento dentro do sistema, destacando que são feitas, no mínimo, sete consultas no pré-natal. Ela frisou que “a forma de nascer determina muito no futuro da criança e da família na sociedade”. Durante a tarde, foram realizadas apresentações específicas sobre a ‘Estratificação de risco e carteira da gestante’, por Paula Rocha, e ‘Sistema de monitoramento da estratificação de risco materno infantil’.
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