Planejamento da Rede de Atenção Materno infantil é apresentada no “Observatório de Maternidades”

Um planejamento que seja ativo e vivo, construído com base no conhecimento das demandas da população. Assim, a coordenadora de cuidado por ciclo de vida e gênero da Secretaria Estadual de Saúde, Olga Cristina Lima Sampaio descreveu o método de desenvolvimento do Planejamento da Rede de Atenção Materno infantil do Estado da Bahia, apresentado hoje, dia 2, durante reunião do Observatório de Maternidades, realizada de forma remota pelo Ministério Público estadual. A gerente do ‘projeto cegonha’, promotora de Justiça Juliana Sampaio destacou a importância do planejamento para o bom funcionamento da rede. “Ao longo do ano, nas nossas reuniões, percebemos a existência de vazios assistenciais e fragilidades de capacidade instalada. O trabalho de planejamento regional é fundamental para a reversão desse quadro no estado”, afirmou a promotora de Justiça.

A gerente do ‘Protejo Cegonha’ declarou sua satisfação com a homenagem que o projeto recebeu do Conselho Nacional do Ministério Público na 10ª Edição do Prêmio CNMP. O projeto ficou em segundo lugar na categoria ‘fiscalização de políticas e recursos públicos’. “Esse reconhecimento é muito especial para todos nós que integramos o projeto, pois reconhece a iniciativa como bem-sucedida, dando visibilidade ao trabalho e possibilitando a sua replicação em outras unidades do Ministério Público brasileiro”, afirmou ela. Promotor de Justiça de Saúde de Salvador, Rogério Queiroz comemorou a conquista. “É o reconhecimento de um trabalho desenvolvido há anos, que tem demonstrado, de forma extraordinária, que é possível chegar à ponta e trabalhar em rede de forma efetiva”, afirmou o promotor de Justiça.

Na sua apresentação, Olga Cristina Lima Sampaio falou das barreiras e desafios para a implantação do novo planejamento, destacando os vazios assistenciais no assistenciais, a grande dimensão do estado e existência de uma estrutura assistencial heterogênea, apontada como um dos fatores causadores da desassistência na rede. “Nosso maior desafio é mudar essa realidade, combatendo a mortalidade materna e infantil neonatal, garantindo os direitos dessa população”, afirmou. Ela explicou que, entre os anos de 2017 e 2019, a mortalidade vinha diminuindo. “porém, com a Covid-19, os olhares da gestão de saúde precisaram se voltar para a prevenção da doença, então desconhecida, o que fez com que os índices voltassem a crescer. O planejamento vem justamente buscar corrigir essa curva, garantindo acolhimento para as gestantes e diminuindo a mortalidade neonatal”, concluiu.

Redator: Gabriel Pinheiro (DRT/BA 2233)

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