‘Projeto Cegonha’ verifica condições da maternidade José Maria de Magalhães Netto e debate situação da Climério de Oliveira

O ‘Projeto Cegonha: Efetivando a Dignidade’ visitou hoje, dia 22, a Maternidade José Maria de Magalhães Netto para verificar as condições de funcionamento da unidade de referência. De acordo com a coordenadora do projeto, promotora de Justiça Mirella Brito, a visita é uma ação estratégica e a primeira fiscalização do projeto, que este ano pretende inspecionar todas as maternidades da Região Metropolitana de Salvador e dos municípios onde os promotores de Justiça tenham aderido ao ‘Projeto Cegonha’. “Observamos uma preocupação dos gestores da maternidade em adequar a sua estrutura física para acolher melhor as pacientes, apesar da superlotação que a unidade vem enfrentando”, afirmou a promotora, que vai levar o caso ao Grupo de Atuação Especial de Defesa da Saúde Pública (Gesau) do Ministério Público para adoção das providências necessárias.

Durante a fiscalização, a equipe do MP observou o quantitativo de puérperas em atendimento e avaliou questões estruturais. Em março, até o dia 20, das 2800 pacientes que procuraram a maternidade, 2100 vieram da capital. A promotora de Justiça salientou que a maior parte das pacientes da capital que buscam atendimento na unidade vem de outros distritos de vinculação, ou seja, deveriam ser atendidas por maternidades em outros bairros. A maternidade José Maria de Magalhães Netto tem 274 leitos, sendo 20 de UTI neonatal.

​Climério de Oliveira.

A situação da maternidade Climério de Oliveira, que está recebendo pacientes apenas por regulação, sem atender quem busca diretamente a unidade, foi o principal assunto da reunião de hoje (22) do ‘Observatório de Maternidades’, que é parte integrante do ‘Projeto Cegonha’. Dentre as causas da mudança no atendimento apontadas pelos representantes da unidade estão a recente reforma e a troca de gestão. Apesar de estar operando apenas por meio da regulação, os gestores informaram que a Climério de Oliveira continua com uma taxa de 100% de ocupação de leitos.

A reunião contou ainda com uma exposição da Escola Superior de Saúde Pública, que apresentou seu Curso de Atualização e Acolhimento e Classificação de Risco em Obstetrícia, e com um debate no qual a Fundação Estatal de Saúde da Família abordou a adoção do pré-natal como principal estratégia para um parto seguro, apresentando indicadores de monitoramento realizado no município de Ouriçangas. Para a promotora de Justiça Mirella Britto, o observatório tem se mostrado uma peça fundamental na discussão e transformação da assistência pré-natal na Bahia. “Nesses encontros, temos identificado questões importantes ligadas ao Sistema Único de Saúde, facilitando uma atuação ainda mais resolutiva por parte do MP”, concluiu Mirella.

Fotos Guilherme Weber (Rodtag) / Assessoria de Imprensa (Cecom)

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