Assistência às gestantes na Albert Sabin e Hospital Roberto Santos é tema de debate no Observatório das Maternidades

A gestão e assistência prestada às gestantes nas maternidades do Hospital Geral Roberto Santos e Albert Sabin foram debatidas na manhã dessa sexta-feira (9) durante a reunião do Observatório das Maternidades, que reforçou a importância da atuação integrada para garantir um atendimento de qualidade às gestantes e parturientes. O encontro, que foi aberto pelas gerentes do Observatório das Maternidades, as promotoras de Justiça Andréa Scaff e Juliana Rocha, contou com a participação de membros, servidores do MP, diretores de maternidades e profissionais da área de saúde.

As promotoras de Justiça Patrícia Medrado, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Saúde do MP (Cesau), e Andréa Scaff destacaram a importância do debate para aperfeiçoar os fluxos e eficiência administrativa das maternidades. Segundo Scaff, esse ano o MP convidará os diretores das maternidades para apresentarem os dados, números de atendimentos e estrutura das maternidades.

A diretora geral da maternidade Albert Sabin, Aline de Oliveira, apresentou os números sobre atendimentos e as estratégias da instituição em casos de superlotação. A maternidade tem uma taxa geral de ocupação de 90% e um total de 88 leitos dedicados aos pacientes do Sus. No ano de 2020, a maternidade teve um aumento de 20% nas internações. “Isso refletiu no crescimento da taxa de ocupação hospitalar, principalmente nos leitos de neonatalogia clínica”, destacou a diretora da maternidade. Também no ano passado, a maternidade teve uma média de 60 atendimentos diários na emergência e em média 44 no atendimento ambulatório. Uma das preocupações da diretora é que 85% a 90% dos bebês que estão em tratamento possuem sífilis. “É o que mais tem impactado a permanência desses bebês em tratamento clínico nas unidades do Albert Sabin”.

Por conta da pandemia do coronavírus, Aline de Oliveira destacou que as doulas não estão atualmente na maternidade. A promotora de Justiça Andréa Scaff sugeriu que a instituição pense numa estratégia para inclusão das doulas, pois essas profissionais impactam também na diminuição dos índices de cesarianas. Um dos destaques da maternidade foi o protocolo para orientação dos acompanhantes, que foi elaborado junto com as lideranças comunitárias e que será encaminhado ao MP para que posteriormente seja distribuído para outras maternidades da Bahia. “Temos atualmente cerca de 14 lideranças comunitárias no colegiado ampliado com a comunidades”, afirmou a diretora Aline de Oliveira.

O coordenador do setor de obstetrícia da maternidade do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Robert Pedrosa, apresentou os dados da instituição, que é o maior hospital público da região Norte/Nordeste. Robert Pedrosa destacou que o acesso ao pré-natal se dá por meio do encaminhamento de pacientes da rede pública municipal de todo o Estado e também vindas do internamento do hospital, sendo todas de alto risco. A maternidade funciona num anexo do hospital e atualmente não existe projeto de reformas para adequação dos espaços físicos às propostas da Rede Cegonha. “O que foi feito foi uma adequação dos espaços físicos às propostas determinantes da Rede Cegonha”, destacou. Ele complementou que a maternidade recebe pacientes por demanda espontânea, encaminhadas do pré-natal de alto risco, via central de regulação e também através do Samu.

Também participaram da reunião do Observatório das Maternidades os promotores de Justiça Rogério Queiroz; Rita de Cássia Rodrigues; Marcelo Cerqueira; Ana Paula Canna Brasil Mota; Andrea Borges; Rosa Patrícia Salgado; e Ricardo Menezes Souza

Redator: Milena Miranda DRT Ba 2510

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