Panorama da Maternidade Maria da Conceição é apresentado em reunião do Observatório de Maternidades

Os protocolos de atendimento, fluxos de trabalho e as boas práticas adotadas pela Maternidade Maria da Conceição de Jesus para prestação qualificada dos serviços à comunidade foram compartilhados na manhã de hoje, dia 5, durante reunião do Observatório de Maternidades do Ministério Público do Estado da Bahia. Promotores de Justiça, membros do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública estadual, diretores de maternidades, representantes da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) e profissionais de saúde participaram do encontro, que ocorreu por meio da plataforma Teams. Juntos assistiram à apresentação realizada pelo diretor da maternidade, o obstetra Amado Nizarala de Ávila, que destacou a importância do atendimento humanizado.

Já na abertura do encontro, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Saúde do MP (Cesau), promotora de Justiça Patrícia Medrado, apresentou um breve histórico da maternidade, que foi inaugurada em 31 de maio deste ano, e ressaltou a importância dos serviços prestados pela unidade para o fortalecimento da saúde pública. Segundo Amado Nizarala, a unidade atende o subúrbio ferroviário, parte do distrito de Itapagipe, as ilhas próximas a Salvador e parte da comunidade de Simões Filho. Via regulação, recebe ainda gestantes, recém-nascidos e crianças de todo o estado, disse ele. O diretor da maternidade apresentou a estrutura física da unidade, equipes técnicas, fluxos de trabalho, protocolos adotados para atuação dos médicos e respondeu aos questionamentos dos demais participantes da reunião.

Segundo Amado Nizarala, no primeiro mês de funcionamento, foram realizados 745 atendimentos na maternidade. Em outubro, quatro meses após a inauguração, já foram registrados 1.092 atendimentos na unidade que tem realizado, em média, 29,8% dos partos de forma cesariana. São cerca de 50 partos por mês, informou o diretor, chamando a atenção para o percentual de adolescentes parindo na unidade. Segundo ele, desse total, uma média de 13% é de partos de adolescentes. Co-gerente do ‘Projeto Cegonha’, a promotora de Justiça Juliana Rocha demonstrou preocupação com o dado e disse que é preciso um olhar atento. Ela parabenizou o diretor da maternidade pelas boas práticas adotadas, dando destaque à sensibilidade para questões de raça e cor e quanto ao direito ao acompanhante. A maternidade enfatiza às gestantes que elas devem ter acompanhante durante todo período de atendimento para o parto e no pós-parto, chegando a realizar uma “busca ativa” se necessário.

Gerente do ‘Projeto Cegonha’, a promotora de Justiça Andréa Scaff conduziu a reunião juntamente com Juliana Rocha e registrou a sua preocupação com o problema do número reduzido de profissionais de saúde para atendimento das demandas, relatado pelo diretor da maternidade. Foi definido que o tema será aprofundado em reunião específica. Segundo as promotoras de Justiça, o encontro de hoje marcou o encerramento das apresentações de maternidades programadas para este ano de 2021. Também participaram da reunião de hoje os promotores de Justiça Thiago Bahia, Carlos Robson Leão, Daniele Cochrane,  Ana Paula Canna Brasil Mota, Rosa Patrícia Atanázio, Ricardo Menezes e Thiara Rusciolelli, a defensora pública Livia Almeida e o procurador da República Ramiro Rockenbach.

Redator: 
Maiama Cardoso MTb/BA -2335

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