Situação do Instituto de Perinatologia da Bahia é discutida no Observatório das Maternidades

As boas práticas e o fluxo de atendimento do Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) foram apresentados, nesta sexta-feira, 03, em mais uma reunião do Observatório de Maternidades do Ministério Público estadual. Na abertura, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Saúde (Cesau), promotora de Justiça Patrícia Kathy Medrado, ressaltou o compromisso socioambiental do hospital, que é referência em atendimento especializado à saúde da mulher e do recém-nascido e reconhecido como polo de formação profissional parceiro de instituições de ensino em cursos técnicos, de graduação e pós-graduação. 

“O Iperba vem participando de diversas iniciativas do MP ao longo dos anos, a exemplo do Fórum Permanente de Regulação e de eventos e debates que visam o aprimoramento dos serviços de saúde no estado da Bahia”, frisou Patrícia Medrado. 

O hospital conta com centro cirúrgico/obstétrico, prestando atendimento aos casos de emergência obstétrica, ginecológica e de neonatologia, incluindo mulheres em processo de abortamento. O Instituto também é adepto dos Programas de Gerenciamento de Resíduos em Saúde (PGRS, que preconiza o descarte ambientalmente adequado do lixo hospitalar, de Eficiência Energética da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), e de Coleta Seletiva, além de fiscalizar e controlar o uso diário de água e priorizar a compra de equipamentos livres de mercúrio. 

As gerentes do Observatório das Maternidades, as promotoras de Justiça Andréa Scaff e Juliana Rocha, mediaram os debates durante a exposição dos indicadores do Iperba, apresentados pela diretora-geral do hospital, Dolores Fernandez. Foram demonstrados dados relativos ao número de atendimentos, taxas de cesáreas, abortamentos, inserção do DIU (Dispositivo Intrauterino), ocupação de leitos e permanência, óbitos maternos e neonatais, recepção de pacientes de outros municípios, incidência de sífilis, entre outros. 

Na observação dos dados, a diretora do hospital observou uma pequena queda na procura por atendimento nas maternidades no período da pandemia. Em 2019, foram registrados 22.564 pronto atendimentos, com 6.998 internamentos. Já em 2020, foram 19.476 pronto atendimentos, com 6.408 internamentos, e, até junho de 2021, foram realizados 9.162 pronto atendimentos, com 3.191 internações. Ela também destacou que a unidade vem se tornando referência em casos clínicos de ginecologia, pois muitos hospitais da capital não oferecem atendimento ginecológico, e relatou algumas deficiências enfrentadas nas UTIs neonatais. 

“Temos empenhado todo esforço para nos adaptar às normativas. Entendemos que, cada vez mais, devemos ter olhares mais profundos sobre a nossa gestão”, destacou Dolores Fernandez. 

Como encaminhamentos, o observatório se comprometeu a solicitar à Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) a avaliação da regulamentação do trabalho das doulas voluntárias nas unidades da rede de saúde, com a garantia de fornecimento de alimentação e transporte. Concordou-se também em solicitar ao órgão informações sobre as unidades que possuem e/ou demandam de agência transfusional, as perspectivas para oferta do serviço em todas as maternidades, e o agendamento de uma reunião com o órgão e com o Município para tratar do sistema de informação das maternidades. 

A promotora de Justiça Juliana Rocha elogiou a dedicação do Iperba na atenção às gestantes e todo o trabalho desenvolvido pelo Observatório de Maternidades e seus apoiadores. “As reuniões do Observatório de Maternidades têm sido sempre muito proveitosas. A nossa expectativa é poder trazer uma devolutiva de tudo que foi apresentado aqui no final do ano”, concluiu. 

O encontro virtual também contou com a participação dos promotores de Justiça Ana Luiza Menezes Alves, Rosa Patrícia Salgado Atanazio,Thiago Lisboa Bahia,  Rogério Luis Gomes de Queiroz, Ana Paula Canna Brasil Motta, Carlos Robson Oliveira Leão, Daniele Cochrane Santiago Dantas Cordeiro, Ricardo Menezes Souza e Thaianna Rusciolelli Souza. 

Redator: Thídila Salim*

Estagiária de jornalismo sob supervisão de George Brito (DRT-BA 2927)

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